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Conheça mais sobre o mercado brasileiro de água mineral

As águas minerais, diferentemente das águas comuns, emergem à superfície em locais específicos, como nascentes naturais ou fontes subterrâneas em minas. Elas também podem ser acessadas por meio de fontes artificiais, como poços artesianos. 

O que as torna especiais é a sua composição química única, rica em elementos que conferem propriedades medicinais, tornando-as não apenas uma fonte de hidratação, mas também um recurso para saúde e bem-estar.

Neste artigo, vamos entender como o Brasil, abençoado com uma das maiores reservas de água doce do mundo, se posiciona no cenário da produção e distribuição de água mineral.

Oferta mundial de água mineral

Segundo dados da Beverage Marketing Corporation, uma consultoria internacional, o consumo global de água engarrafada alcançou um marco de 377 bilhões de litros em 2017, marcando um aumento de 8,1% em relação a 2016. Este crescimento reflete uma tendência ascendente no mercado de água envasada, que teve uma taxa média de crescimento anual de 6,4% entre 2012 e 2017.

Notavelmente, a China liderou esse aumento com a maior taxa média anual de crescimento de 11,8%. Os Estados Unidos também mostraram um crescimento robusto, com uma taxa anual de 7,1%, enquanto o Brasil registrou um aumento anual de 4,7%. 

No ano de 2017, os aumentos percentuais mais significativos em relação a 2016 foram observados na China (15,0%), Indonésia (14,0%) e Índia (10,9%). Seguindo estes países, os Estados Unidos e o Brasil também apresentaram crescimentos consideráveis de 7,3% e 5,2%, respectivamente. 

Com esses números, o Brasil se mantém como o quinto maior mercado global de água engarrafada. Este panorama evidencia a importância crescente da água engarrafada no cenário global e destaca as tendências de consumo em diferentes regiões do mundo.

Produção interna de água mineral no Brasil

Ao final de 2017, o Brasil contava com 1.205 concessões de lavra de água mineral e potável de mesa ativas, abrangendo uma variedade de usos como envase, fabricação de bebidas e operação de balneários. 

Dentre essas, 567 complexos produtivos reportaram atividades de envase de água mineral e 25 para uso na composição de bebidas industrializadas. No que diz respeito à distribuição geográfica, São Paulo liderava com 151 unidades produtivas, seguido por Minas Gerais com 59, Rio de Janeiro com 58 e Pernambuco com 33.

De acordo com os Relatórios Anuais de Lavra (RAL), a produção brasileira de água mineral envasada em 2017 alcançou 8,44 bilhões de litros, apresentando uma redução de 2,8% em relação ao ano anterior. 

Este volume corresponde a menos de 40% do consumo estimado para o país, segundo a consultoria BMC, sugerindo a possibilidade de subdeclaração da produção, uma vez que o comércio exterior não representa uma parcela significativa.

No que se refere às embalagens, 73,3% do volume de água mineral envasada foi comercializado em garrafões retornáveis, enquanto 26,7% em embalagens descartáveis. 

Curiosamente, apenas em São Paulo e no Rio Grande do Sul, a quantidade envasada em embalagens descartáveis superou a dos garrafões, representando 54,3% e 59,8%, respectivamente, do volume total produzido nestes estados.

Os estados de São Paulo (20,8%), Pernambuco (9,3%), Bahia (7,0%), Ceará (6,5%), Rio Grande do Norte (6,3%) e Minas Gerais (5,1%) foram os que mais declararam produção de água envasada em 2017.

Além disso, foi reportado um consumo de 2,1 bilhões de litros de água mineral para a composição de bebidas, um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior. Os balneários registraram o uso de 82,2 bilhões de litros de água mineral, distribuídos em 83 concessões, concentradas principalmente em Goiás, que utilizou 92,7% do volume declarado.

No mercado de águas envasadas, 11 empresas se destacaram, respondendo por cerca de 30% do volume total. Entre elas, o Grupo Edson Queiroz (8,3% da produção declarada), Coca-Cola/FEMSA (4,8%), Danone (3,3%), Flamin (2,7%), Nestlé (2,1%), Mineração Canaã (1,7%) e um grupo pernambucano com 2,1% da produção. No segmento de água mineral para produtos industrializados, a Heineken liderou com 62,7% do uso declarado, seguida do Grupo Edson Queiroz (17,0%), Flamin (6,9%) e Dias D’ávila (5,0%).

Importação, exportação e consumo interno de água mineral

No ano de 2017, o Brasil registrou a importação de 2,02 milhões de litros de água mineral, alcançando um valor total de US$ 1,10 milhão. 

As águas importadas vieram principalmente da França, que representou 35% do total, seguida pela Itália com 33%, Noruega com 24%, Portugal com 6% e Espanha com 1%. Esse fluxo de importações destaca a demanda por águas minerais estrangeiras no mercado brasileiro, cada uma com suas características únicas e origens distintas.

Em contrapartida, o Brasil exportou 658 mil litros de água mineral em 2017, equivalente a um valor de US$ 176 mil. Os principais destinos foram a Guiana, absorvendo 57% do volume exportado, seguida pelos Estados Unidos com 12%, Porto Rico com 10%, Paraguai com 9% e Chile com 7%. 

Estes números refletem a presença da água mineral brasileira em mercados internacionais, ainda que em uma escala mais modesta em comparação com as importações.

No que diz respeito ao consumo interno, o Brasil apresentou um significativo consumo de 21,9 bilhões de litros de água mineral em 2017, um aumento de 5,2% em relação ao ano anterior, de acordo com a consultoria BMC. 

Com base na população estimada pelo IBGE, o consumo per capita foi de aproximadamente 105,6 litros por ano. Este número reflete a crescente demanda por água mineral no país, possivelmente impulsionada por uma maior conscientização sobre saúde e bem-estar, além de preocupações com a qualidade da água.

Crescimento no mercado brasileiro de águas minerais

O mercado de águas minerais no Brasil está despertando um interesse crescente entre os grandes players do setor. Com um panorama diversificado de 640 empresas e mais de 800 marcas, o setor se destaca pela sua dinâmica regional e potencial de crescimento.

De acordo com análises de especialistas, como Pitaluga em 2006, a água mineral se consolidou como um produto de consumo em ascensão no Brasil ao longo dos últimos trinta anos. 

Esse aumento significativo no consumo posicionou o país entre os dez maiores consumidores de água mineral do mundo, um indicativo da crescente valorização da qualidade e dos benefícios das águas minerais pelos brasileiros.

Dados recentes da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerante e de Bebidas Não Alcoólicas (ABIR) corroboram essa tendência. 

Em 2020, o mercado brasileiro de águas minerais registrou um consumo per capita de 59,65%, marcando um aumento de 3,9% em comparação ao ano anterior. Este crescimento evidencia não apenas a importância do setor no contexto nacional, mas também o seu potencial para atrair investimentos e inovação, tanto de empresas locais quanto de grandes conglomerados internacionais.

Análise do mercado brasileiro de águas envasadas

O mercado brasileiro de águas envasadas apresenta características distintas em comparação aos mercados europeu e norte-americano. 

Essas diferenças podem ser atribuídas principalmente a dois fatores:

  • Composição do mercado: No Brasil, a predominância é de águas classificadas como minerais, que representam 89,8% do mercado. As águas potáveis de mesa, outro segmento importante, compõem 10,2% do mercado. 
  • Presença de grandes grupos empresariais: Diferentemente do cenário global, onde grandes corporações como Nestlé Waters, Danone, Coca-Cola Company e Pepsico dominam mais de 50% do mercado de águas envasadas, no Brasil, a participação desses gigantes é relativamente menor, somando apenas 4,14%. 

Considerando esses aspectos, o mercado de água mineral no Brasil se revela como um setor promissor para investimentos. A preferência por águas minerais e a menor concentração de grandes empresas transnacionais criam um ambiente propício para o desenvolvimento de marcas locais e a inovação no setor.


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